quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Selos - Comprar, vender, especular

Caros leitores,

estava lendo hoje o livro "ABC da Filatelia" de Caurat, J. (1990), quando me deparei com o capítulo XV dedicado assunto referido em epígrafe.
Uma vez que temos recebido inúmeros e mails de detentores de coleções que pretendem vende-las, vamos transcrever na integra o texto que consideramos estar bastante explicito e atual.

Comprar, Vender, Especular
"Gosta-se do selo por ele próprio, não pelo valor comercial que pode ter, já sabemos! Isso não impede que qualquer coleção, por modesta que seja, represente um investimento de que é normal esperar, mais dia menos dia, senão tirar lucro, pelo menos vender em condições razoáveis. Os que praticassem a filatelia como especuladores, deveriam considerar-se como mesquinhos amadores de selos. Mas não é menos exato que as cotações não são estabelecidas apenas para uso de comerciantes; e não existe qualquer filatelista, por desligado que esteja dos bens deste mundo, que deixe em certos momentos de considerar o capital que pode representar o álbum, que espera legar um dia aos seus legítimos herdeiros.
{Quanto vale a minha coleção, ou que o meu tio-avô me deixou? - Vale pouco, muito ou nada}, visto que a sua avaliação se estabelecerá segundo critérios que agora nos são familiares: tipo de coleção, qualidade dos selos, raridade, etc. Consultaremos, portanto um catálogo e faremos o primeiro balanço, atendendo a:
1 - que as cotações são aproximadas, e indicam o preço corrente no comércio;
2 - que a multidão inumerável de selos de cotação baixa não tem praticamente qualquer valor de revenda;
3 - que, pelo contrário, os valores faciais elevados conservam melhor a sua cotação;
4 - que as raridades, em particular, serão objeto de perícia rigorosa por parte do eventual comprador.
Se formos o autor da coleção que pretendemos vender, teremos adquirido durante anos a experiência dos preços praticados. Saberemos que, como o comerciante reserva a sua margem de lucro, oferecer-nos-á - o que é perfeitamente normal - um preço que será , como é óbvio, inferior em trinta, quarenta  ou cinquenta por cento à nossa avaliação pessoal. Não nos causará pois, pois, espanto que tal negociante não leve em consideração os pequenos valores correntes, as séries incompletas, e que só aceite, com todas as probabilidades , selos sem defeitos.
Podemos pedir a esse comerciante, admitindo sempre que a nossa coleção é valiosa, que a introduza em qualquer venda pela melhor oferta, método mais demorado, mas com melhor rendimento.
Podemos igualmente procurar um amador  nas nossas relações, e nos clubes filatélicos  que frequentamos. Restará ainda o recurso oferecidos pelos leilões, onde com frequência se dispersam as coleções.
Suponhamos que põe à venda uma coleção de selos como a de certa jóia da família, ou de qualquer antiguidade. Não tenhamos ilusões à partida, se se tratar de uma coleção de criança, ou de uma coleção que se encontra em mau estado. Suponhamos ainda que se trata de uma coleção construída com ciência  e com gosto, durante toda uma vida, e que além das alegrias  que terá produzido, constitui um feliz investimento que permitiu a mais de um filatelista fazer a aquisição da pequena casa de campo com que sonhou, quando chegar a idade da reforma."

2 comentários:

  1. Boa Tarde, tenho cerca de 75 selos muito antigos Helvetia,swissair, Portugal,Deutsche bundespost,Uruguai,Peru,Nevada,Brasil, españa,companhia vale do rio doce,colombia,pakistan,Itália,Thailand, japão,Ecuador,polska,andrew jackson,Australia test cricket centenary...
    Todos eles em ótimo estado só que não sei qual o valor deles, gostaria de saber onde posso avalia los e vende los?
    Moro em Goiânia- Goiás e tenho pressa em vender estes selos, alguem pode me ajudar?
    Tenho fotos deles na pasta para enviar.

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