domingo, 29 de outubro de 2023

Um lugar para o Colecionismo: Maximafilia no Algarve - Loulé

Um lugar para o Colecionismo: Maximafilia no Algarve - Loulé:  

Religiões

Com uma posição geográfica de transição entre grandes regiões e identidades humanas, o território que hoje é o Algarve sempre foi um local de passagem, de encontro de gentes e de povos (tendo no Séc. XX tido um impulso adicional devido ao turismo). Ao longo dos séculos, esta natureza tem permitido que, num pequeno território, coexistam diversidades imensas.

A emissão Portugal e as Religiões destacaram entre outras religiões o Budismo e o Cristianismo Católico escolhendo o Monumento Stupa Alto situado no Cerro do Malhão para destacando assim a presença da religião budista em Portugal.

 Contudo, quando se trata deste assunto temos de abordar os diferentes exemplares arquitetónicos da religião católica que se encontra em Loulé, nomeadamente, a igreja paroquial de Nossa Senhora da Assunção, na bonita aldeia de Alte, foi reconstruída no início do século XVI segundo o estilo manuelino (remonta ao séc. XIII). Sinal dessa campanha de obras é o interessante portal da fachada principal e a cobertura abobadada da capela-mor.



segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Empreita de Palma e palmeira-anã em selo postal da emissão filatélica Etnobotânica

 


A empreita de palma consiste no entrançar de “tiras ripadas” da folha da palmeira-anã, em longas “fitas”, e é um dos elementos mais enraizados na cultura material algarvia. Era utilizada na realização de artefactos do quotidiano rural, no acondicionamento e transporte de bens e alimentos, em objetos para uso doméstico, nos trabalhos agrícolas, na pesca e em alguns objetos de uso pessoal.

Foi uma atividade económica relevante no Algarve, desde o século XVI e até meados do século XX, como está demonstrado em diferentes registos históricos e pautas alfandegárias, que testemunham a importância desta atividade enquanto produto de exportação. Mas também como produção em série orientada para o turismo e para o embalamento e transporte de mercadoria alimentar para exportação, como os figos secos. «Nos diversos discursos sobre a região — memórias, descrições, corografias, monografias — do séc. XVI em diante são recorrentes referências àquela que no Algarve quinhentista era já uma indústria próspera.» (OLIVEIRA, 2013).

A matéria-prima (as folhas da palmeira-anã) é abundante e espontânea na região e por isso a produção de empreita de palma prospera. Inicialmente como complemento ao trabalho agrícola, juntamente com a produção da empreita de esparto, usada para os artefactos mais grosseiros, destinados a usos mais exigentes como o trabalho nas salinas ou o transporte de cargas pesadas no trabalho agrícola. A empreita de palma era produzida maioritariamente por mulheres, a par das lides domésticas, com maior incidência no inverno. O termo “empreita” ficou ligado a esta arte por ter sido, em tempos, paga em função da quantidade produzida por dia – pago à “empreitada” (BRANCO; SIMÃO, 1997)

prática numa escala doméstica foi gradualmente profissionalizando-se e, no início do século XX, apareceram espaços de produção e comercialização exclusivamente dedicados à empreita de palma. Um dos exemplos mais conhecidos é a Casa da Empreita, em Estômbar, fundada em 1916 por Margarida Vasconcelos  (SANCHO 2011). A iniciativa torna-se relevante em produção e inovação, apresentando continuamente modelos novos e chega a receber um prémio internacional em 1926. Outro é Loulé, onde a empreita era necessária para embalar os frutos secos para exportação e onde apareceram, na segunda metade do século, os primeiros armazenistas de revenda de artigos artesanais.

 modo de produção dominante pouco foi alterado ao longo dos anos. No início do processo, as folhas de palma são secas ao ar e depois ripadas pelas nervuras, resultando em “tiras” que variam de largura, em função do tipo de trabalho que se pretende. A “empreita” consiste na produção de longas “fitas” feitas a partir das tiras de folha entrançadas, de diversas larguras. Cada fita é arrumada em rolo à medida que é produzida, atingindo vários metros de comprimento. Tradicionalmente, as fitas são cosidas com “baracinha” ou “tamissa”, ou com tiras de palma, para dar a forma do objeto pretendido, criando um tecido contínuo com uma trama diagonal (BRANCO; SIMÃO, 1997).

Texto retirado de: https://programasaberfazer.gov.pt/arte/empreita-de-palma 


Postais Máximos Pescado do Algarve e os festivais do mediterrâneo

 


Festivais do Mediterrâneo

Nos festivais mediterrâneos o peixe e o marisco são uma constante. Poucos países terão um domínio na secagem de peixe ao sol como nós, curamos quase tudo o que sai do mar. O peixe seco ao sol faz parte da história e faz as delícias de muitos visitantes. Vende-se por todo o lado, mas é ilegal.

Apesar de atualmente o sector da pesca já não ter a expressão como tinha no passado é ele que está na base de muito do sucesso turístico dos diferentes festivais gastronómicos que se realizam no Algarve

 

Arjamolho e Tarte Algarvia em selos postais

 


Festivais do Mediterrânicos

Na emissão de selos festivais mediterrânicos uma das especialidades selecionadas foi o arjamolho.

O arjamolho nasce da semelhança com o gazpacho andaluz, de herança remota nos tempos do Império Romano. Legumes frescos de verão como o tomate e o pimento são servidos em cubinhos crus, ou por vezes triturados, num caldo de água gelada temperada com alho, vinagre, azeite e orégãos, resultando numa sopa leve e refres- cante, que pode ser acompanhada por pequenos peixes fritos, comprados pela manhã nos diversos mercados locais existentes no Algarve.

A outra especialidade é mais recente no receituário local e abraça produtos emblemáticos da região na mesma receita: a tarte algarvia. Figos secos, amêndoas, farinha de alfarroba e doce de gila, são embaixadores naturais dos sabores algarvios, exemplificando uma forma de produzir ligada aos saberes antigos e antropológicos, com doçura natural e também uma relação mediterrânica.

Ligações

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...