terça-feira, 21 de abril de 2015

25 de Abril - Sempre

Caros leitores,

aqui vos deixamos imagens da biblioteca da Escola EB 2/3 D. Afonso III que acolhe desde hoje uma exposição filatélica dedicada ao Revolução dos Cravos.

Nesta pequena exposição podem ser apreciadas duas coleções temáticas sobre a Revolução dos Cravos, pertencentes a Francisco Paiva e a Luís Brás.

Esperemos que a exposição seja do agrado dos alunos, do pessoal docentes e não docentes.

Para terminar agradecemos ainda à Prof.ª M. Luis Dias pelo amável convite.



http://www.escolaafonso3.net/index.php/98-noticias/809-25-de-abril-na-biblioteca-escolar

domingo, 5 de abril de 2015

Manoel de Oliveira (1908 - 2015)


Instituto de Odivelas (1900 - 2015)


Caros leitores,

aqui vos deixamos a imagem de mais um bilhete postal que foi colocado em circulação no dia 09 de março de 2015.

Este bilhete postal tem como tema os 115 anos do Instituto de Odivelas que em 2015 perfez 115 anos da sua fundação.

"O Instituto de Odivelas foi fundado pelo Infante D. Afonso, Duque do Porto, em 14 de Janeiro de 1900, no palácio do Conde de Sobral, à Luz. O próprio Rei D. Carlos, acompanhado pela família real, procedeu à inauguração do então Instituto D. Afonso, onde ingressaram as primeiras 17 alunas.

Esta escola foi uma iniciativa de alguns elementos das Forças Armadas que queriam proporcionar às filhas de Oficiais cujos pais tivessem morrido em combate ou por doença, uma educação condigna e completa. As Escolas da Légion d’Honneur, em França, fundadas por Napoleão em 1806 com objectivos similares, foram inspiradoras dos oficiais portugueses.

O Instituto, que só em 1902 começou a funcionar no Mosteiro de Odivelas, privilegiou desde o início os cursos de formação prática, sem descurar a cultura geral, as línguas estrangeiras, a ginástica e a religião e moral. Os cursos de magistério primário, de escrituração comercial, de telegrafia, modista e outros permitiam às alunas ingressar no mercado de trabalho.

Após a implementação da República, o Instituto sofre modificações nos cursos e respectivos curricula. É o tempo de importantes alterações económicas e sociais que originaram mudanças nas mentalidades e uma aproximação crescente de Portugal à Europa.

Designa-se por Instituto de Torre e Espada e depois por Instituto de Educação e Trabalho, a partir de 1911. A formação das crianças passa a ser orientada para o futuro numa sociedade nova em que a Mulher viria a ter outras funções e responsabilidades.

Em 1942, depois das alterações nos planos de estudos, recebe a designação de Instituto de Odivelas. É considerado Liceu Nacional e Comercial, pelo que passam também a funcionar os cursos geral e complementar do Liceu e os cursos do ensino técnico-profissional. Entre 1945 e 1950, o edifício é objecto de remodelações, tornando-se mais confortável e adaptado à sua função, com capacidade para cerca de 400 alunas.

A reforma educativa, após a revolução de 1974, eliminou o ensino técnico-profissional. Para além dos planos oficiais de estudos, o Instituto continuou a proporcionar a oferta de um currículo próprio com disciplinas como Drama Educativo, Higiene, Puericultura, Culinária, Equitação ou Esgrima e Inglês Prático ou Francês Prático, com professoras da nacionalidade. Foram estabelecidos vários intercâmbios com escolas estrangeiras de França, Itália e mais recentemente também de Inglaterra e da Alemanha.

Foram introduzidas aulas facultativas de instrução militar no ensino secundário para permitir uma preparação para o acesso aos estabelecimentos de ensino superior militares. Para além dos cursos orientados para a prossecução dos estudos, foi ministrado também o curso tecnológico de Arte e Design. A Introdução à Informática passou a integrar o plano de estudos do 2º ciclo.

Actualmente, as cerca de 300 alunas frequentam os cursos do ensino básico (2º e 3º ciclos) e secundário (cursos científico-humanísticos) com as áreas disciplinares e não disciplinares curriculares do Ministério da Educação e as disciplinas curriculares e áreas de enriquecimento curricular do IO. Desde o ano lectivo 2000-2001, passou a funcionar também em regime de externato."

Bilhete Postal Meia Maratona de Lisboa (25 anos)

Face do postal

Caros leitores,

aqui vos deixamos a imagem do bilhete postal que foi posto em circulação no dia 11 de março de 2015.

"David Weir e Marcel Hug, os melhores atletas de cadeiras de rodas do mundo, vêm a Portugal a 22 de março, para participar na CTT Wheelchair Racing, integrada numa prova que celebra este ano 25 anos e que os correios homenageiam com a emissão de um Inteiro Postal, peça filatélica que pretende fixar esta data para a posteridade.
Numa edição de 3.000 exemplares e design de Francisco Galamba que pretende não apenas mobilizar os coleccionadores destas peças como permitir que a efeméride seja conhecida pelo mundo, através do envio deste postal.
A cerimónia de lançamento do Inteiro Postal realizou-se no dia 11 de março, no Palácio Sousa Leal, na Rua de São José, n.º 20, em Lisboa, durante a conferência de imprensa de apresentação da edição deste ano da CTT Wheelchair Racing."
Fragmento com o selo do verso do postal

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Barbosa du Bocage - 250 anos do nascimento

Caros leitores,
deixamos aqui a imagem do selo alusivo a Barbosa du Bocage (1765-1805) que no próximo dia 13 de maio 15 de setembro perfaz 250 anos do seu nascimento e que os CTT decidiram homenagear incluindo-o na emissão Vultos da História e da Cultura que foi colocada em circulação a 31 de março de 2015.
Nesta emissão poderão estão inclusos selos alusivos a Barbosa do Bocage, Ramalho Ortigão, Agostinho Ricca, Rui Cinatti e Frederico George.
Autoretrato
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage, em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
— Bocage"


Sobrescrito circulado com selo alusivo a Barbosa du Bocage

Francisco Vieira (Vultos da História e Cultura - 2015


Caros leitores,
deixamos aqui a imagem do selo alusivo a Francisco Vieira (1765-1805) que no próximo dia 13 de maio perfaz 250 anos do seu nascimento e que os CTT decidiram homenagear incluindo-o na emissão Vultos da História e da Cultura que foi colocada em circulação a 31 de março de 2015.
Nesta emissão poderão estão inclusos selos alusivos a Barbosa do Bocage, Ramalho Ortigão, Agostinho Ricca, Rui Cinatti e Frederico George.
"Francisco Vieira, filho de Domingos Francisco Vieira, conhecido droguista e pintor paisagista morador no Campo do Olival, e de Maria Joaquina, nasceu no Porto a 13 de Maio de 1765. Era irmão de Ana Paulina e de António José Vieira.
Não existem muitas referências documentais sobre a sua juventude. Pensa-se que terá aprendido a pintar com o pai e com os pintores João Glama Strobërle (1708-1792) e Jean Pillment (1728-1808) e que terá frequentado a Aula de Debuxo e Desenho do Porto.
A aprendizagem no ensino oficial iniciou-se em 1787, quando a 15 de Fevereiro se inscreveu como aluno extraordinário na recém-criada Aula Régia de Desenho, em Lisboa.
Dois anos mais tarde prosseguiu os estudos em Roma, financiado pela família e pela Feitoria Inglesa ou, muito provavelmente, pela Companhia Geral de Agricultura e das Vinhas do Alto Douro.
Nos anos que passou em Roma foi discípulo de Domenico Corvi (1721-1803) e obteve o 1.º prémio de Desenho no concurso da Academia do Nu do Capitólio (1789). Trocou inúmeras cartas com o seu patrono, D. João de Mello e Castro, embaixador português em Roma, e com o secretário deste, Augusto Molloy. Através desta correspondência ficámos a saber, por exemplo, que auferiu de uma pensão régia de 8 escudos romanos, aumentada em quatro escudos a partir de 1791 e que deu aulas a D. Isabel Juliana de Sousa Coutinho Monteiro Paim, esposa do embaixador português.
Giambattista BodoniEntre Junho de 1793 e 1796 passou uma temporada em Parma para pintar e estudar a obra de Antonio da Corregio (c. 1489-1534). Durante este período de tempo travou amizade com o impressor Giambattista Bodoni (1740-1813) e com o gravador de Bolonha, Francesco Rosaspina (1762-1841), com quem veio a trocar abundante correspondência. Foi de igual modo nesta época que conheceu o pintor Thomson, seu futuro companheiro de viagem a Nápoles.
Uma das obras que pintou nesta altura foi "Cabeça de velho" (1793), apresentada na sua eleição para "Accademico Professore di Pittura" da Academia de Belas Artes de Parma (10 de Maio de 1794). Viajou pelos arredores de Parma, Cremona, Colorno e Piacenza, onde o poeta Giampaolo Maggi lhe dedicou um livro. Visitou os centros culturais e artísticos de Itália, da Alemanha e de Inglaterra, que marcaram profundamente o seu trabalho.
Retrato de Francesco Rosaspina / Portrait of Francesco RosaspinaFrancisco Vieira integrou o círculo social da família ducal de Parma, assim como o meio artístico e aristocrático de Bolonha, tendo chegado a ingressar na Academia Clementina (Abril de 1795) por influência de Rosaspina.
Fixou-se em Londres a partir de 1789, onde, numa fase inicial, residiu na casa de Mello e Castro. Foi aqui que conheceu o famoso pintor Joshua Reynolds (1723-1792) e o gravador Francesco Bartolozzi (1725-1815).
Durante a sua estadia em Londres participou nas edições de 1798 e 1799 da Exposição da Royal Academy of Arts, recebeu a encomenda de pinturas para a nova igreja da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco, do Porto e apresentou a Bodoni o projecto da publicação de uma obra sobre Camões. A 9 de Julho de 1799 casou com Maria Fabbri, uma bolonhesa viúva de um aluno de Bartolozzi e depois do casamento passou a viver na casa de Bartolozzi, em North End, Fulham.
Em 1800, depois do seu regresso a Portugal, foi contratado pela Junta da Administração da Companhia Geral de Agricultura e das Vinhas do Alto Douro como professor da Aula de Desenho da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto (aviso régio de 20 de Dezembro), passando a auferir o ordenado de 60$000 reis.
Entre 1801 e 1802 trabalhou em Lisboa nas ilustrações de uma edição de "Os Lusíadas", promovida por D. Rodrigo de Sousa Coutinho (1801-1802).
Em Junho de 1802 iniciou as suas funções como professor da Aula de Desenho da academia portuense, embora entre Novembro desse ano e Junho do ano seguinte tivesse sido substituído pelo seu pai, Domingos Vieira. A 1 de Julho de 1803, Francisco Vieira foi nomeado director da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto.
Após a morte do pai, em 1803, os serviços que este prestava na Academia da Marinha e Comércio passaram a ser desempenhados por António José Vieira Júnior, irmão de Francisco Vieira.
O pintor adoeceu gravemente em 1805 enquanto pintava o quadro "Duarte Pacheco defendendo o passo de Cambalão em Cochim" para a Casa das Descobertas do Paço de Mafra. Procurou curar-se no Funchal, mas sem sucesso. Aqui faleceu, vítima de tuberculose, a 12 de Maio de 1805, poucos dias antes de completar 40 anos de idade.
Vieira Portuense, como ficou conhecido Francisco Vieira para se distinguir de Vieira Lusitano, artista coevo de Lisboa, foi o mais viajado dos artistas portugueses do seu tempo, estudando na Europa onde conviveu com obras de grandes mestres e com os mais relevantes artistas e mecenas. Homem culto e poliglota, Francisco Vieira regressou ao país para partilhar com Domingos Sequeira, seu rival, o estatuto de pintor do regente D. João VI.
Modelo Masculino (pormenor) de Vieira Portuense (FBAUP) / Male Model (detail) by Vieira Portuense (FBAUP)Artista da tradição barroca e rococó que evoluiu para composições neoclássicas e neo-romântica, deixou-nos telas memoráveis de diversos géneros pictóricos: temas religiosos ("S. João Mostrando o Messias", "Morte de Santa Margarida de Cortona", "Rainha D. Isabel dando esmolas", etc.), retratos (do bispo Adeodato Turchi, de Francesco Martin y Lopez, de Carolina Maria Teresa de Bourbon, de Maximiliano da Saxónia, da duquesa Maria Amália de Parma, do Padre Guilherme Archer), paisagens, alegorias, cenas mitológicas ("Latona e os camponeses da Lícia", pertença da Câmara Municipal do Porto, "Banho de Diana", Galeria Nacional de Parma, "A Pintura", Museu Nacional de Arte Antiga), cenas históricas, como a "Fuga de Margarida de Anjou", cópias de artistas consagrados, gravuras e, ainda, álbuns de desenhos e de viagens.
Em 1906, no primeiro centenário da sua morte, a obra de Vieira Portuense foi objecto de uma exposição promovida pela Sociedade de Belas Artes e por personalidades do Porto, a qual se realizou na Sala de Concertos do Teatro S. João. Em 2001, no ano da capital Europeia da Cultura, foi de novo homenageado através da exposição inaugural dos novos e qualificados espaços destinados a exposições temporárias"

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