Caros leitores,
aqui vos deixo a entrevista que dei à jornalista Sara Pelicano do site Café Portugal acerca do nosso grupo.
No Algarve, um grupo de amigos fundou, em 2010, «Os Amigos da Filatelia» porque têm em comum a paixão pelo coleccionismo de selos. Volvidos três anos e num mundo cada vez mais digital, querem manter vivos estes pequenos pedaços testemunhos, mensageiros que «nos contam uma história» e são um marco de cada época.
Sara Pelicano; Fotos - Os Amigos da Filatelia | segunda-feira, 7 de Outubro de 2013
Os selos postais são parceiros antigos do envelope. Nas cartas, os selos comprovam o pagamento da franquia necessária para o envio das missivas. Estas estampas, coladas no canto superior direito do envelope, são muito mais do que simples objectos de porte. Tornaram-se uma forma de arte e um retrato social. Consequentemente, os selos são passíveis de estudo e de coleccionismo. Em Portugal há, entre uma infinidade de temáticas e abordagens, selos dedicados à azulejaria lusa, selos evocativos da primeira república e, mais recentemente, evocativos da obra da artista plástica contemporânea Joana Vasconcelos.
Estas pequenas estampas cativam muita gente que se reúne em tertúlias em seu redor, verdadeiros apaixonados pela filatelia, ou seja, o estudo dos selos. É o caso de «Os Amigos da Filatelia», um grupo constituído, maioritariamente, por homens e com idade acima dos 50 anos. Criado em 2010, este grupo de apaixonados pelos selos está aberto à «participação de todos que tenham gosto pela filatelia, pela troca de selos ou pelo “snail mail” (correio lento)», diz Sérgio Pedro, responsável pelo grupo.
Actualmente com 20 membros, «Os Amigos da Filatelia», em Faro, querem «promover a confraternização entre os filatelistas, apoiar colecionadores e eventos de âmbito filatélico, sensibilizar as entidades públicas e culturais para o coleccionismo, sobretudo a filatelia». Um apelo que se dirige também à população em geral, alertando para o valor sentimental de uma colecção de selos.
O coleccionismo de selos, para Sérgio Pedro, está associado à própria diversidade humana porque ambos são movidos por múltiplas motivações. «Uma coisa é certa, o coleccionismo de selos ou outros produtos postais, como carimbos comemorativos, flâmulas, provas de artista, permite ao coleccionador dedicar o seu estudo ao que quiser. Eu, por exemplo, tenho uma colecção temática sobre a psicologia», diz.
O mundo da filatelia pode ir muito além do simples passatempo, sendo uma actividade que obriga a uma rigorosa metodologia. Existem, assim, dois conceitos a reter: há coleccionadores que organizam a sua colecção de acordo com regulamentos e com o intuito de ganhar prémios e há os amantes mais simples que juntam os selos pela satisfação pessoal.
«No primeiro caso, a colecção apresenta-se como uma investigação na qual o filatelista vai apresentando o seu estudo com as diferentes peças filatélicas. No segundo caso o coleccionador organiza a colecção de acordo com os seus critérios muito próprios e a sua criatividade», explica Sérgio Pedro.
Seja qual for a opção, consegue-se encontrar um elo de ligação entre as duas formas de encarar o colecionismo de selos. Tipicamente, os selos coleccionam-se por país, organizados cronologicamente, e por temas, organizados de acordo com os temas e subtemas definidos pelo coleccionador.
E os protagonistas da história, os selos, podem ser adquiridos na Internet, nos Correios de Portugal e, em alguns casos, por trocas ou por doações. Seja como for, o importante é preservar este património porque «quando falamos de filatelia falamos de tempo e dos tempos. Os selos, independentemente da sua idade, estão sempre associados a uma época com as suas próprias características, sendo que todos os selos nos contam uma história», comenta o nosso interlocutor.
Sérgio Pedro reconhece o desafio que é manter uma colecção de selos numa Era digital e num momento em que algumas cartas já não necessitam de selo e por isso considera que «Os Amigos da Filatelia» têm também como missão «sensibilizar as pessoas que herdam colecções que, além do valor monetário têm um valor sentimental, as mantenham como forma de recordar o passado; sensibilizar e incentivar a população a dedicar-se a este passatempo como forma de abstrair-se dos problemas do dia-a-dia».
O nosso interlocutor não esquece, também, as crianças e o incentivo que é «coleccionar, uma vez que maioria dos coleccionadores iniciaram as suas colecções quando eram pequenos, independentemente de, mais tarde, as abandonarem para retomarem em idade adulta. Para Sérgio Pedro é importante difundir iniciativas como o Postcrossing, que promove o «snail mail». «Uma das coisas mais interessantes, enquanto coleccionadores de selos, é a qualquer momento recebermos uma carta na nossa caixa de correio sem esperarmos», sublinha.
Para concretizar esta missão, «Os Amigos da Filatelia» têm uma agenda de actividades preenchida que passa por organizar, juntamente com o Núcleo de Filatelia de Faro, duas mostras filatélicas (com carimbo comemorativo), participam no boletim «O Mensageiro do Algarve», alimentam diariamente o blogue com o nome do grupo e organizam a ALGARPEX, uma mostra filatélica.
Estas pequenas estampas cativam muita gente que se reúne em tertúlias em seu redor, verdadeiros apaixonados pela filatelia, ou seja, o estudo dos selos. É o caso de «Os Amigos da Filatelia», um grupo constituído, maioritariamente, por homens e com idade acima dos 50 anos. Criado em 2010, este grupo de apaixonados pelos selos está aberto à «participação de todos que tenham gosto pela filatelia, pela troca de selos ou pelo “snail mail” (correio lento)», diz Sérgio Pedro, responsável pelo grupo.
Actualmente com 20 membros, «Os Amigos da Filatelia», em Faro, querem «promover a confraternização entre os filatelistas, apoiar colecionadores e eventos de âmbito filatélico, sensibilizar as entidades públicas e culturais para o coleccionismo, sobretudo a filatelia». Um apelo que se dirige também à população em geral, alertando para o valor sentimental de uma colecção de selos.
O coleccionismo de selos, para Sérgio Pedro, está associado à própria diversidade humana porque ambos são movidos por múltiplas motivações. «Uma coisa é certa, o coleccionismo de selos ou outros produtos postais, como carimbos comemorativos, flâmulas, provas de artista, permite ao coleccionador dedicar o seu estudo ao que quiser. Eu, por exemplo, tenho uma colecção temática sobre a psicologia», diz.
O mundo da filatelia pode ir muito além do simples passatempo, sendo uma actividade que obriga a uma rigorosa metodologia. Existem, assim, dois conceitos a reter: há coleccionadores que organizam a sua colecção de acordo com regulamentos e com o intuito de ganhar prémios e há os amantes mais simples que juntam os selos pela satisfação pessoal.
«No primeiro caso, a colecção apresenta-se como uma investigação na qual o filatelista vai apresentando o seu estudo com as diferentes peças filatélicas. No segundo caso o coleccionador organiza a colecção de acordo com os seus critérios muito próprios e a sua criatividade», explica Sérgio Pedro.
Seja qual for a opção, consegue-se encontrar um elo de ligação entre as duas formas de encarar o colecionismo de selos. Tipicamente, os selos coleccionam-se por país, organizados cronologicamente, e por temas, organizados de acordo com os temas e subtemas definidos pelo coleccionador.
E os protagonistas da história, os selos, podem ser adquiridos na Internet, nos Correios de Portugal e, em alguns casos, por trocas ou por doações. Seja como for, o importante é preservar este património porque «quando falamos de filatelia falamos de tempo e dos tempos. Os selos, independentemente da sua idade, estão sempre associados a uma época com as suas próprias características, sendo que todos os selos nos contam uma história», comenta o nosso interlocutor.
Sérgio Pedro reconhece o desafio que é manter uma colecção de selos numa Era digital e num momento em que algumas cartas já não necessitam de selo e por isso considera que «Os Amigos da Filatelia» têm também como missão «sensibilizar as pessoas que herdam colecções que, além do valor monetário têm um valor sentimental, as mantenham como forma de recordar o passado; sensibilizar e incentivar a população a dedicar-se a este passatempo como forma de abstrair-se dos problemas do dia-a-dia».
O nosso interlocutor não esquece, também, as crianças e o incentivo que é «coleccionar, uma vez que maioria dos coleccionadores iniciaram as suas colecções quando eram pequenos, independentemente de, mais tarde, as abandonarem para retomarem em idade adulta. Para Sérgio Pedro é importante difundir iniciativas como o Postcrossing, que promove o «snail mail». «Uma das coisas mais interessantes, enquanto coleccionadores de selos, é a qualquer momento recebermos uma carta na nossa caixa de correio sem esperarmos», sublinha.
Para concretizar esta missão, «Os Amigos da Filatelia» têm uma agenda de actividades preenchida que passa por organizar, juntamente com o Núcleo de Filatelia de Faro, duas mostras filatélicas (com carimbo comemorativo), participam no boletim «O Mensageiro do Algarve», alimentam diariamente o blogue com o nome do grupo e organizam a ALGARPEX, uma mostra filatélica.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.