Mariana Alcoforado nasceu em Beja, no ano de 1640. Batizada na Igreja de Santa Maria, no dia 22 de Abril do mesmo ano, foi seu padrinho D. Francisco da Gama, conde da Vidigueira e bisneto de Vasco da Gama.
Filha de um nobre transmontano, Francisco da Costa Alcoforado, e de uma bejense, Leonor Mendes, Mariana entrou para o Convento da Conceição aos 11 anos de idade.
Após o noviciado, professou aos 16 anos, exercendo, posteriormente, os cargos de escrivã e vigária.
A 30 de Julho de 1709, foi proposta para o cargo de Abadessa do Convento, tendo sido derrotada para tão importante cargo por 48 votos a favor e 58 contra. Seria então eleita D. Joana Veloso de Bulhão.
Em Março de 1723, com 83 anos de idade, assina pela última vez um documento, relativo ao encerramento das contas do trimestre do Convento da Conceição.
Morre a 28 de Julho desse mesmo ano, vítima da sua já avançada idade.
Deixou em legado uma das mais belas histórias de amor. O amor e o desamor no desencontro entre uma freira e um cavaleiro oficial francês que foi revelado na edição das Cartas Portuguesas, pelo editor francês Claude Barbin.
A sua vida seguiu o destino que lhe havia sido traçado pela família, de reclusão no convento até à data da sua morte em 1723, com 83 anos de idade.
Ao que se sabe e ao que se presume, incluindo o mistério da sua existência, o amor e a paixão acompanharam-na até aos seus últimos instantes de vida.
Além da beleza das suas cartas e do interesse que despertaram ao longo de séculos em todo o mundo, o exemplo de Mariana Alcoforado levanta várias questões sociais, algumas bastante atuais: a condição de género, a posição social, a sobreposição de um destino imposto à liberdade para escolher.
A sua vida e a sua figura são igualmente misteriosas e belas pelo que nos é deixado como legado: o amor e a vida!
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